Esta oficina aconteceu em 2022 através de um convite da Universidade Livre do Teatro Vila Velha de Salvador. Sua proposta foi corporizar a palavra poética, performar nossa voz, coreografar nosso grito, dançar a esperança vestida de poesia num contexto de muita opressão e incerteza. 
Propus percorrer e aprofundar com Cristina Castro, um caminho que passa por lugares visitados em oficinas anteriores como "Entre o não-dito e o não-dançado" (2019) e a "Oficina do silêncio" (2020). Com a parceria de Cristina iriamos aprofundar diversas estratégias performáticas para abordar o texto poético e experimentar suas potencialidades. Buscaríamos mergulhar nas experiências rítmicas, melódicas, simbólicas e sensoriais dos textos para construir partituras de movimentos, esboços coreográficos e situações dramáticas. Infelizmente, o Covid não permitiu que esta parceria desse todos os frutos que imaginamos. Cristina ficou doente umas semanas e nos encontramos mais para o final do processo... Mas nossos foram foram leves e potentes e deixaram no ar sementes de futuras realizações. Me encantei com a delicadeza com a qual Cristina conduzia suas propostas e "despertava" danças nos movimentos dos/as participantes.  
Uma das coisas que mias me interessava nesta proposta era aprofundar as metáforas buraco, fronteira, cinzas e magma desenvolvidas nas oficinas anteriores. Elas abrem um caminho para a elaboração dos não-ditos do texto e do/a interprete de uma forma que conserva e respeita os secretos de cada um/a... 
Os encontros da oficina aconteceram em lugares abertos da Cidade de Salvador: o Passeio Público, a praia Gamboa, Rio Vermelho...  Nossa presença nos espaços públicos foi também uma metáfora de uma sociedade que se recupera do trauma da Pandemia e começa a elaborar suas dores e a recuperar seus impulsos vitais...
Para esta página selecionei algumas fotos da intervenção que fizemos em Rio Vermelho no dia 5 de fevereiro de 2022 pela manhã... 


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